Quando eu era miúda não havia Carnaval em que a minha mãe não me mascarasse. Assim de repente, sem recorrer ao álbum de fotografias, lembro-me de ter sido um Pierrot, uma Fada, um Capuchinho Vermelho, uma Bruxa e um Palhaço. Lembro-me ainda que a caracterização/ maquilhagem ficava a cargo da minha irmã, ou seja, eu ia sempre em bom (ou não). A verdade é que eu até me divertia, gostava de pegar partidas, mandar serpentinas e essas cenas mas odiava e temia os balões de água. A sério, quem é que inventou os balões de água? Não só magoam como não tem piada alguma ficarmos encharcados em pleno mês de Fevereiro (ainda está frio malta...). Pouco a pouco deixei de achar piada ao Carnaval e talvez tenha que ir ao Rio, a Veneza ou a Tenerife para mudar de opinião mas, enquanto isso não acontece, gosto de imaginar o Carnaval como uma oportunidade de brincar sem sermos fuzilados. Era bom que assim fosse não era? Imaginem se pudéssemos:
- Mandar o Jorge Jesus, até ao final do campeonato, para uma ilha deserta e sem qualquer meio de comunicação. Ele diria que a culpa é do Benfica mas já ninguém teria que ouvi-lo
- Juntar o Cristiano Ronaldo e o Messi na mesma equipa num qualquer The Hunger Games
- Fazer um Secret Story com alguns dos nossos digníssimos ministros, bancários, investidores, empresários e afins
- Fechar o Trump numa cave escura cheia de feministas e emigrantes
- Ver o lendário José Castelo Branco a tourear no Campo Pequeno
Assim de repente, estas são as primeiras partidas que me vêm à cabeça e, desconfio que o José Castelo Branco até seria senhor para aceitar o desafio. Sportinguistas, não se zanguem. A culpa não é vossa, a sério. E é Carnaval... ninguém leva a mal!